25.08.23
Família, vocação à vida
Dentre muitos sinais de desesperança, descrença e morte, torna-se cada vez mais intenso o nosso desejo por vida, não qualquer modo de viver, mas algo a ser vivido com alegria e sentimento de realização.
Escrito por: Pe. Isaías Gomes da Silva, SJ
Coordenador do Serviço de Orientação Religiosa e Pastoral // Agosto 2023
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Família, vocação à vida.
Dentre muitos sinais de desesperança, descrença e morte, torna-se cada vez mais intenso o nosso desejo por vida, não qualquer modo de viver, mas algo a ser vivido com alegria e sentimento de realização. O testemunho de Jesus mostra-nos que mesmo no meio das dificuldades, incompreensões e abandono, a vida é possível “eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10, 10). Ao retomar o propósito do projeto de Deus, de vida verdadeira para toda a humanidade, Jesus reafirma a nossa vocação à vida. Somos convidados, como criaturas, a sermos vivos, além de simplesmente existir; tomarmos consciência de que aqui estamos porque há um sentido naquilo que somos e fazemos, desse modo, não devemos nos conformar com o simples estar ou passar pela vida. Temos o compromisso de vivê-la plenamente. Essa é a nossa vocação de criaturas.
Ao viver com sentido, pomo-nos em relação com o mundo, com a criação, com as pessoas. Um dos lugares mais especiais para esse projeto é a família. Sim, a nossa família, nela damos os primeiros passos de saída de nós mesmos, desde a infância à vida adulta. Em nossa casa somos a todo momento convidados a repartir o nosso ser com outros, nesse exercício descobrimos que a vida vai ganhando sentido justamente porque dividimos aquilo que temos, por isso somos quem nós somos, isto é, em relação a nos tornamos pessoas.
Nesse tecer de nós mesmos em comum, vivemos alguns desafios, que devem ser entendidos como convites para crescer em família. Primeiramente somos chamados à vida, consequentemente temos a missão de cuidar dela, isso exige de nós olhar e acolher o outro, numa atitude de escuta que torna possível conhecer e compreender a realidade da outra pessoa, o caminho que está trilhando, a situação de dor, de falta de esperança, de cansaço ou de busca em que se encontra, como também os sonhos, os desejos e os ideais ocultos no seu coração (Texto-base, Ano Vocacional, n. 215).
Ao percebermos as dores e alegrias de quem nos rodeia, ou seja, de quem partilha a própria vida conosco, crescemos, aprendemos a ser mais no cuidado do outro, assim, todo mundo cresce. Nisto está a fecundidade de nossas existências, que se realizam por onde passamos, sobretudo na história que fazemos em família. Que nunca nos esqueçamos de que é nesse lugar, independente de quem esteja nele e como esteja, que encontraremos todo o apoio necessário para viver bem e fazer ressoar a esperança de que a vocação da família é gerar vida, e vida em abundância.
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